Alunos do 1º ano do Ensino Fundamental da rede municipal de Cariacica criaram cartazes informativos de combate ao bullying no ambiente escolar
Volta às aulas e surge rapidamente, já no início do ano letivo, a questão do bullying no ambiente escolar. Apelidos caracterizados pela aparência, perseguições e intimidações são relatados nas escolas. Mas a tecnologia vem como uma grande aliada para combater o bullying no ambiente escolar. Isso, porque, contando com alguns recursos pedagógicos digitais, os professores conseguem realizar trabalhos que abordem a questão com as impressões dos estudantes sobre a realidade na qual estão inseridos.
Ainda segundo a docente, foi realizada uma dinâmica com olhos vendados. “Com olhos vendados tocaram uns aos outros no rosto e cabelo para reconhecer as diferenças étnico raciais e se aceitarem como seres humanos diferentes, como cada ser humano tem as suas características individuais e sentimentos”. A partir desse reconhecimento, explicou ainda, observamos a mudança de atitude dos alunos em relação a respeitar as características de cada pessoa e que todos somos diferentes e não existe um padrão de beleza, cada um tem a sua beleza, finalizou.
“É possível dialogar com os alunos e com o auxílio do professor e materiais pedagógicos criar cartazes, mural interativo na escola, jogos e formular medidas preventivas que ajudam a minimizar os danos causados pelo bullying no ambiente escolar. Tudo isso tendo o aluno como protagonista e de forma lúdica”, afirma a especialista em educação tecnológica e uma das autoras da tecnologia Microkids, Kellen Camargo.
Combate ao bullying
Inseguranças, incertezas, bullying e mudanças são temas vivenciados desde os primeiros anos de escola. Na prática o professor pode adotar a proposta de ter uma conversa franca com os alunos, criando um momento inicial de diálogo. Desta forma, é possível direcionar os trabalhos de forma lúdica e contextualizada. Os temas expostos pelos alunos são discutidos por meio da construção de cartazes, formatação de revistas online, jornais ou games, onde os alunos se conscientizam e mobilizam toda a comunidade em relação ao tema. Segundo a psicóloga e uma das autoras da tecnologia Microkids, Ellen Camargo, o diálogo com os filhos é fundamental. “A família e a sociedade também devem estar em sintonia com as instituições no intuito da preparação de professores e outros profissionais do ensino para prevenir e lidar com o problema; abordar o tema em salas de aula; promover campanhas, aconselhamentos, eventos de integração e socialização dos alunos; e a tecnologia educacional se destaca nesse processo, envolvendo família e escola na conscientização sobre os limites e consequências desses atos”, ressaltou.
Ainda segundo a psicóloga, o bullying é uma forma de violência praticada no contexto escolar mundial por crianças e adolescentes de várias formas: individual ou em grupo, presencial ou pelas redes sociais (quando é chamado de cyberbullying). Caracterizado por atos cruéis, físicos ou psicológicos, motivados por preconceitos e sadismos disfarçados de brincadeiras, com propósito de humilhar, desestabilizar a vítima, o bullying pode causar graves consequências psicológicas em curto e longo prazo.
A inserção dos alunos nas didáticas de tecnologia educacional é de importância fundamental para minimizar o efeito dessas agressões a partir das práticas realizadas no contexto escolar de forma lúdica. Acredito que o uso da tecnologia na Educação seja uma evolução para o ensino, afirma a especialista em educação tecnológica e uma das autoras da tecnologia Microkids, Kellen Camargo. “Desenvolver essas habilidades e competências de computação estabelecidas no complemento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estimula o aluno a ‘pensar’ de forma integral. A amplitude de mundo e o reconhecimento do outro vão contribuir para tomada de decisão e solução de problemas do dia a dia, como o bullying”, complementa.
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Priscila Contarini
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